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A gaiola de Alfredo


Na REVIVER acreditamos que todas as pessoas têm um talento e uma paixão interior. Grande parte das pessoas pode passar uma vida sem perceber ou reconhecer o seu verdadeiro talento, mas basta um pequeno clique, um acaso do Universo, para a vida ganhar um novo sentido. Contamos-vos a história de Alfredo Delgado e como uma infelicidade e um acaso o aproximaram do seu talento. Com 55 anos, é um dos muitos portugueses desempregados. Natural da Amadora, onde viveu até casar, dedicou-se a vários ofícios ao longo da vida tendo começado como paquete de uma farmácia local. Entre várias outras profissões, esteve mais de 20 anos ligado à serigrafia, e terminou na AutoEuropa. Após uma intervenção cirúrgica, ficou de baixa médica e considerado inapto para o trabalho que desenvolvia.

 Foi durante o natural período de deriva, sem trabalho e com tempo livre em demasia, que se deu o clique de talento. Farto de estar em casa, num passeio deambulante, Alfredo apanhou um tronco e levou-o consigo, determinado a fazer alguma coisa com ele. Sempre tinha gostado de trabalhar madeira, mas o máximo que fez até então foi um banco. Mas desde esse dia a sua criatividade começou a brotar, e a um tronco juntaram-se outros para formar uma gaiola. “Talvez o que me tenha levado a fazer aquilo foi o meu gosto pela madeira e pelo campo. A primeira não saiu muito bem, mas a 2ª já foi melhor” explica-nos Alfredo. O seu grande salto para o artesanato, foi quando a sua esposa que é cozinheira de doces tradicionais, foi convidada a participar numa feira com a temática “Anos 50”.

Alfredo, que costuma costuma acompanha-la para ajudar e preparar as sangrias, lembrou-se de levar algumas gaiolas que já tinha feito. “As pessoas gostaram muito. A Ana Malhoa até queria ficar com uma” comenta com orgulho. O impacto de críticas tão positivas às suas criações foram suficientes para acreditar que tinha algo realmente bonito, que lhe dava prazer criar.

Considera o seu artesanato puro, porque nenhum material é comprado ou montado, mas sim apanhado do chão e cuidadosamente trabalhado até ao seu resultado final. Apanha tudo o que a Natureza lhe dá. Madeira, bolotas, sementes, pinhas, cortiça, só as caricas são feitas pelo Homem. A peça mais simples leva várias voltas até estar completa. “Faço o que gosto, isto até é um full-time. Chego a trabalhar mais de 8 horas por dia, sempre com o rádio ligado, para ouvir música enquanto trabalho”. Alfredo admite-nos que nunca lhe tinha passado pela cabeça poder vir a ser artesão. “Eu nem sequer sabia que existia uma Carta de Artesão, mas foram mesmo uns avaliadores a minha casa ver o meu trabalho e deram-me a carta”.

 A sua primeira exposição foi em Setúbal, a convite pela Casa da Baía, mas entretanto já percorreu vários pontos do país, de Norte a Sul, para dar a conhecer o seu trabalho. Apesar do gosto que lhe dão os elogios às suas “mãos” e criatividade, o seu artesanato nasce da paixão que tem pelo que faz, e não à procura de fama ou reconhecimento
Para continuar a ler a reportagem, basta carregar emhttp://goo.gl/jL1ZGq
A gaiola de Alfredo A gaiola de Alfredo Reviewed by Unknown on 07:09:00 Rating: 5

1 comentário:

  1. Excelente clic!
    Parabéns ao senhor Alfredo; pelo talento, pela aposta na descoberta de uma criatividade inata, pela não acomodação à inercia!

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