Já lá vão 70 anos desde a operação que resgatou mais de 35 mil
prisioneiros do campo de concentração de Dachau, na Alemanha, durante a Segunda
Guerra Mundial. Mas para alguns, o tempo não apaga o sentimento de gratidão por
aqueles que lhes devolveram a liberdade.
O director do documentário “Libertadores de Dachau”, Emanuel
Rotstein, decidiu proporcionar um emocionante encontro na Califórnia entre
Joshua Kaufman, ex-detido do campo de concentração, e Daniel Gillespie que
serviu como soldado do exército norte-americano na operação de resgate a
Dachau.
Foi na praia de Hungtington que Joshua Kaufman beijou a mão de
Daniel Gillespie, acabando por ajoelhar-se aos pés do homem que nunca
esquecera. “Há 70 anos que te queria dizer isto. Eu amo-te. Eu amo-te tanto…”, disse
emocionado Kaufman.
Hoje ambos têm 87 anos e relembram aquele dia que nunca irão
esquecer. Joshua Kaufman esteve detido no campo de concentração de Dachau, como
escravo numa fábrica de munições. Nesse período do regime nazi perdeu a sua mãe
e as três irmãs no campo de Auschwitz. Foi a operação dos soldados
norte-americanos que salvou da tortura e da morte. “Eu vi a bandeira branca a voar na torre de observação e
percebi que a tortura tinha chegado ao fim. Quando os norte-americanos
escancararam as portas, o meu coração pulou. Eu saí do inferno para a luz. Por isso e, por ele, sou eternamente
grato”, afirmou Kaufman ao History Channel.
Quanto ao ex-soldado Gillespie libertar os
prisioneiros do campo de Dachau foi uma experiência que não dá para esquecer. “Foi
o choque mais profundo da minha vida. Essa libertação transformou a minha vida
para sempre”. Daniel Gillespie abominava as acções dos nazis, quando deixavam
os seus prisioneiros a passar fome e à mercê da morte. “Uma e outra vez essas
questões ficavam a pairar na minha cabeça. E, ao mesmo tempo, eu ficava
incrivelmente enraivecido”, concluiu Gillespie.
Prisioneiro reencontra o seu libertador após 70 anos
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