Quando lemos a palavra "vício"
assumimos logo que é uma coisa prejudicial. Nesta caso é o contrário. Dinnie
Greenway não bebe, não fuma. Diz que o seu vício é andar a cavalo, e é isso que
a tem mantido activa a vida inteira.
Ainda não tinha nascido e já andava a cavalo,
visto que a sua mãe montou a cavalo quando estava grávida dela, nos anos 20. Já
depois de nascer, Dinnie tinha subido para um cavalo ainda antes de conseguir
andar. Hoje em dia diz que já perdeu a conta a quantos cavalos montou, apenas
continua a montá-los. É o que adora fazer e por isso não permite que os seus 96
anos a impeçam. É na sela do cavalo que se sente confortável e é isso que a
motiva a cavalgar pela quinta que pertence a à sua família desde 1800, a norte
de Londres.
Recentemente sofreu um distensão no músculo da
anca, que nada tem a ver com os seus passeios a cavalo. "Assim que os meus
músculos da anca relaxarem, vou andar muito mais".
Dinnie Greenway foi uma das primeiras mulheres
cavaleiras do Canadá a deixar uma marca em competição. Mais tarde chegou a ser
júri internacional em competições de equitação. Afirma que o seu amor por
cavalos deu-lhe oportunidades para conhecer o Mundo. Aos 16 anos treinou
cavalos nas olímpiadas de 1936 em Berlim, onde abriu os olhos para os terrores
da II Guerra Mundial, na altura iminente. "Hitler fez o seu terrível
discurso, e aquela tarde em que Jesse Owens venceu e nós todos festejámos e eu
pensei, nunca me vou esquecer disto".
Ao longo dos anos, teve aquilo que é inevitável
nos cavaleiros, quedas. Fracturou o pescoço duas vezes, mas conseguiu recuperar
a 100%. Hoje em dia faz o seu melhor para evitar quedas.
Dinnie foi viúva 3 vezes, mas duvida que volte
a casar, visto que continua a sentir-se atraída por homens mais velhos, e aos
96 anos, esses já começam a ser raros. Em vez disso foca-se nos cavalos, e
planeia que estes sejam um factor constante na sua vida.
Aos 96 anos recusa-se a largar o vício que teve a vida toda
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04:48:00
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