António Antunes Fonseca, mais conhecido por Toniquinho, começou a correr
aos 66 anos após ficar reformado. Hoje aos 100 anos o brasileiro treina para
tornar-se o atleta mais velho do mundo.
“Toniquinho” é único brasileiro bicampeão mundial de marcha e recordista
sul-americano nos 800 metros de veteranos. Mas não é de estranhar para quem
conhece António Antunes Fonseca, que emana vitalidade e uma enorme vontade de
viver.
Neste momento o atleta brasileiro acredita na possibilidade de destronar o
actual atleta mais velho do mundo, o grego Dimitrion Yordanis, que completou a
Maratona de Atenas aos 98 anos. Os mundiais na categoria de veteranos são
organizados pela WMA, World Masters Athletic, a cada dois anos. O filho do
atleta, Paulo Fonseca, acredita que este ano em Lyon, França, o pai pode
conseguir o título de atleta mais velho do mundo. “Quem sabe ele não participa
no próximo Mundial para tentar alcançar mais essa marca, para a carreira tão
bela que ele possui”.
Mas não foi quando era jovem que Toniquinho despertou para o mundo das
competições de atletismo. Foi apenas quando chegou a hora da reforma, aos 66
anos, que se iniciou na modalidade. “Comecei por influência de um tio, que me
chamava sempre para correr depois de ter ficado reformado. Gostei tanto que
quis começar a participar em provas de atletismo e outras modalidades”, afirma
o atleta centenário.
Embora nestes últimos tempos não tenha entrado em
algumas competições, “Toniquinho” não desistiu de ser o atleta mais velho do
mundo. Aos 100 anos o seu desejo é só um, continuar a participar em outras
provas de prestígio. Segundo o seu filho, Paulo Fonseca de 70 anos, o pai não
gosta estar afastado das pistas. “Ele sempre pergunta se tem mais provas para
competir. Ultimamente demos um intervalo às participações dele. Mas talvez ele
participe do Mundial de atletismo na categoria de veteranos este ano”.
Em 34 anos de carreira, já participou em mais de 20
competições internacionais e muitas outras nacionais. E assim tem conhecido o
mundo, do Japão aos Estados Unidos da América, da África do Sul à Austrália,
sempre a competir. Para além das provas de atletismo, “Toniquinho” participa no
arremesso de martelo e de dardo, onde se chegou a sagrar campeão mundial em
2001 na Austrália.
Segundo o atleta o segredo é simples. “O segredo é
fazer o bem, não ter inveja de um colega que se destaca no desporto. É um
exemplo para a juventude, por isso digo sempre que é necessário plantar para
colher o bem”.
Aos 100 anos quer ser o atleta mais velho do mundo
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05:53:00
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