Já na segunda edição da REVIVER, tínhamos falado do programa “Apoio 65” da Guarda Nacional Republicana e da PSP. Desta vez, decidimos ir assistir a uma acção de sensibilização deste programa, com o objectivo de alertar os seniores para as diversas formas de burla e o que fazer perante estas situações.
Chegamos ao Auditório Municipal do Pinhal Novo para assistir
a acção de sensibilização sobre as burlas ao público sénior. A sala estava
pouco composta quando entrámos, mas aos poucos e poucos, as pessoas iam
chegando e ocupando os lugares livres. Na plateia o público era formado por
várias gerações. Enquanto o último grupo de seniores entra na sala, os dois
agentes da GNR de Setúbal preparam-se para iniciar esta acção. Depois de todos
estarem bem instalados, Alexandra Malta e João Contente, os dois agentes da
GNR, fazem a apresentação do tema e chamam a atenção para esta realidade na
vida dos mais velhos.
A REVIVER apresenta-lhe os principais tópicos debatidos e os
conselhos deixados naquela sala.
- As burlas acontecem a todos, mas o público-alvo mais
apetecível pelos burlões são as pessoas com mais idade, desprotegidas e
isoladas.
- O Perfil do “Burlão”: Homens e Mulheres bem vestidos,
simpáticos, de voz calma e carinhosa. Com uma conversa convincente e cativante.
Fazem diferentes tipos de abordagens, sejam como familiares, amigos de
familiares no estrangeiro ou funcionários de algumas entidades de referências,
como os CTT, Bancos e Segurança Social.
*O agente João Contente dá alguns conselhos para evitar este
tipo de situações. “Em primeiro nunca nos podemos esquecer, ninguém dá nada a
ninguém. Em segundo os representantes das entidades têm que estar devidamente
identificados. Mas com a tecnologia de hoje é fácil falsificar a identificação.
Por isso a melhor maneira de resolver estas situações é simples. Não abrir a
porta e dizer que o filho trabalha nessa entidade e responsabiliza-se por isso.
Não aceitar encomendas para familiares que não vivem em vossa casa, sem que os
mesmos vos informem que tal vai acontecer. As entidades financeiras não enviam
funcionários a casa das pessoas. E no que toca às companhias de água e
electricidade, os contadores muitas vezes estão fora das casas. A contagem pode
ser dada pelo telefone. São algumas formas eficazes de afastar possíveis
burlas”.
- Conto do vigário: Os peditórios e a oferta de prémios são
duas das burlas mais antigas e mais usuais. Este foi um dos temas que mais
gerou perguntas naquele auditório, no que diz respeito aos peditórios. Para
tentar esclarecer as dúvidas da plateia, a agente Alexandra Mata tentou
responder a todas as questões. “Sem dúvida que muitas vezes é difícil sabermos
se aquele peditório é real, mas todos os peditórios devem ser comunicados às
autoridades. Antes de contribuírem na altura podem contactar as autoridades
para saber a legitimidade do peditório. Mas o melhor que temos a fazer é, se
queremos mesmo ajudar aquela causa, dirigirmo-nos à própria fundação ou
associação e contribuir lá. Esta é a forma mais segura de sabermos que o nosso
dinheiro está a ser entregue correctamente”.
- Em caso de uma possível abordagem de burla: Numa situação
de perigo devemos sempre pedir auxílio. No caso de terem ou não conseguido efectuar
a burla, devemos sempre tentar fixar alguns aspectos físicos, como a estatura
do individuo, cor dos olhos e cabelo, se tem algum sinal, tatuagem ou piercing.
Se a pessoa abandonar o local de carro, devemos tentar fixar a matrícula, a
marca, o modelo e a cor da viatura. A GNR chama a esta atitude “ajudar a
ajudá-los”, porque ao denunciar uma burla pode ajudar a capturar o criminoso.
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Saiba como evitar uma burla
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06:39:00
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