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Na Esplanada com Maria José Costa Félix


Nasceu em Lisboa no dia 17 de Dezembro de 1935. Foi mãe a tempo inteiro até que inicia a sua vida profissional um pouco mais tarde. E desde esse dia nunca mais parou. Foi Secretária de Estado, Jornalista e é Astróloga há mais de 30 anos. É autora de inúmeros livros de desenvolvimento pessoal, alguns deles best-sellers. Fique a conhecer melhor Maria José Costa Félix.

- O que é que as pessoas não sabem sobre a Maria José Costa Félix?
 Não sei, já cá estou há muito tempo não é, que há muita gente que sabe muita coisa sobre mim. Acima de tudo sabem que eu tenho estas duas profissões, sou astróloga há mais de 30 anos, e autora de livros de desenvolvimento pessoal, que eu não gosto da palavra auto-ajuda. Fui jornalista durante muito tempo, escrevi em muitas revistas que também não vale apena estar aqui a falar, mas foi precisamente a partir das minhas crónicas na revista Xis, que lancei os meus primeiros dois livros, o “Bem-Estar Interior” e o “Mais e Melhor”. Na altura foram um sucesso, não no sentido económico, mas no sentido de que foram muito importantes para muitas pessoas, então tenho escrito mais ou menos um livro por ano, sempre dentro desse contexto de desenvolvimento pessoal.

- Diz que o Amor é o principal motor das nossas vidas. Como é que se cultiva o Amor num mundo cheio de ódio?
 Eu acho que o Amor está na atitude com que nós fazemos as coisas. E quando falo de Amor, não falo de paixão, apesar de muitas vezes ser a paixão que desperta o amor. Para mim o amor é algo superior, livre de poder, de materialismo e interesses. Agora, para nós amarmos os outros, temos primeiro de nos amar a nós próprios. É verdade que o mundo está cheio de ódio, as forças do mal existem. Para cultivar o amor, cada um tem de ver, hoje, aqui e agora, o que é que ele pode fazer. Por exemplo, eu não posso ir lá para a faixa de Gaza, por isso tenho de ver o que é que eu aqui posso fazer, sempre com a noção de que todas as nossas acções têm repercursões.

- O que é que ainda guarda dos 4 anos que teve no Rio de Janeiro?
Gosto muito pelo seu lado emocional do Brasil, acho que nós portugueses temos muito a aprender com os brasileiros, principalmente na alegria de viver. Foi lá que descobri a Astrologia. Nunca me tinha interessado especialmente, mas um dia estava numa festa em que estavam a falar de uma astróloga que atendia toda a gente, e eu fiquei curiosa. Telefonei-lhe porque queria marcar uma consulta para me conhecer melhor, que no fundo é para isso que serve a astrologia. Foi muito importante porque eu na altura não estava a gostar muito do rumo da minha vida, e ela indicou-me um trabalho de investigação no campo das doenças mentais que acabei por seguir. Gostei imenso, conheci outro tipo de gente, pessoas que trabalhavam por amor ao trabalho. Passado algum tempo, de repente tive vontade de aprender astrologia e comecei a ter aulas com essa astróloga. A certa altura achei que eu tinha a ver com aquilo e que iria por ali. A partir daí comecei, como qualquer profissional liberal.

- Em que é que a Astrologia mudou a perspectiva que tinha sobre si e sobre a vida?
Tem-me ajudado a compreender melhor qual é o meu caminho. Aliás, para mim o papel da astrologia é completamente esse, para termos consciência de quem somos, como é que nós podemos aproveitar as nossas características e o que é que nós andamos cá a fazer neste Mundo. No meu horóscopo, que é o único que eu sei de cor, continuo a descobrir sempre coisas novas, e acho que isso vai continuar a acontecer-me para o resto da vida, e lá está, porque o nosso lado material é limitado, mas constituído por algo ilimitado.

- O que é que a escrita significa para si?
A escrita é a expressão por excelência daquilo que há em mim. Ou seja, eu acho que tenho uma capacidade extremamente grande para através da escrita transmitir aquilo que está em mim e não tanto através do falar. Como as pessoas que pintam ou que cantam. Eu até gosto de pintar e de cantar, mas a escrita é a expressão de mim própria. Não vou dizer que para mim a escrita seja tudo, mas eu tenho um prazer muito grande em escrever.

- Quando é que teve vontade de escrever os primeiros textos?
 Eu escrevo desde pequena. O meu pai esteve muito tempo fora e eu escrevia-lhe cartas, escrevi alguns versos e textos. Além disso, eu tenho um lado muito filosófico acerca do sentido da vida, e ao longo da vida punha no papel aquilo que sentia. Nunca tive um diário nem nada disso, escrevia coisas soltas. Nunca tinha pensado em publicar nada, mas às vezes mostrava algumas coisas a pessoas minhas amigas que diziam que eu devia publicar. Na altura em que fui para o Brasil, estava numa fase mais emocional, e arranjaram-me uma editora em que publiquei o meu primeiro livro que se chama “Histórias de Um Nome”, muito autobiográfico mas de uma forma muito simbólica.

- Em 2013 publicou o livro “Envelhecer Sem Ficar Velho”. Dos 19 testemunhos que recolheu, houve algum que tenha sido mais marcante?
Houve uns mais marcantes que outros claro, mas eu não posso estar a distinguir assim. São todos muito diferentes. Eu não conhecia quase ninguém, mas todos me marcaram, cada um há sua maneira. O que importa é o que cada pessoa tem a dar de si mesma.

- Acha que a velhice não passa de um estado de espírito?
 Evidentemente que o tempo passa por todos nós, e claro que com o passar do tempo a pessoa tem que ter cabelos brancos, a pele mais seca, tem rugas, quero dizer, há sinais de que a matéria de que nós somos deteriora-se naturalmente. Mas, o que eu acho suposto e acredito absolutamente, é que com a idade nós podemos estar cada vez melhores, porque podemos estar menos dependentes da matéria de que somos feitos. A matéria acaba quando morremos, mas o espírito continua, e portanto se nós alimentamos o espírito e nos mantemos em movimento, físico, mental, emocional, e vivermos o momento presente, o espírito mantém-se jovem. A velhice é o estado do homem interior.

- Com o passar dos anos, continua a ser fácil manter-se activa?
Completamente! Eu estou continuamente ativa, Escrevo, leio muito, dou consultas praticamente todos os dias, mas não é só isso. Acho que o que importa é respondermos às interpelações da vida. Uma pessoa que o faz, está 100% ativa, porque a vida é actividade, movimento. E isto até pode ser a pessoa estar calada e sozinha. Eu considero actividade até momentos de silêncio, que eu tenho bastantes e preciso de ter esses momentos de silêncio.          

- Sabemos que tem uma agenda bastante ocupada. É fácil arranjar tempo para cinco filhos e treze netos?
Hoje em dia não me ocupam tempo nenhum. Gosto muito deles, mas não tenho de facto tempo específico nem me ocupam de maneira nenhuma. Estou com eles quando posso e gosto muito de estar com eles, mas eu fui mãe a tempo inteiro durante muitos anos. Ia com eles a todo o lado, levá-los à escola, passear nos parques e tudo o resto e agora não faço absolutamente nada, porque simplesmente não posso. Gosto muito de tê-los todos cá em casa em datas especiais, porque são realmente muitos, mas não sinto qualquer obrigação nem fazem parte das minhas ocupações. Mas tudo com muita tranquilidade.     

- Se o Mundo estivesse calado a ouvi-la, o que diria?
 Fico muito agradecida à vida por ter tido coragem de responder em cada fase da minha vida, ao que me vinha do mais puro íntimo e não ao que vinha de fora
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