Qual a origem do Zen?

É muito comum nos dias de hoje ouvirmos a expressão “Zen” nas mais variadas ocasiões. Ou que estamos muito zen, ou momentos zen, ou que temos de ficar mais zen. Sabemos que aponta sempre para um estado de tranquilidade e paz interior, mas o que é o “Zen” ao certo?

Sabia que o Zen, é um ramo da tradição budista Mahayana, que se baseia fundamentalmente nos ensinamentos de Siddhartha Gaucama, fundador do budismo? Embora a sua base seja o budismo, sofreu várias influências culturais pelos países em que passou, sendo que foi na China a sua maior influência. Começou quando Bodhidharma, um mestre budista de renome chegou à China. O então Imperador Wu-Ti, também ele budista devoto, que ergueu vários mosteiros e templos e apoiou imensos mestres, convidou Bodhidharma a visitá-lo no seu palácio de forma a transmitir-lhe os seus ensinamentos. O imperador perguntou “Tenho construído muitos templos, copiado inúmeros Sutras e ordenado muitos monges desde que me tornei imperador. Portanto pergunto-lhe: qual é o meu mérito?” O mestre budista respondeu-lhe “Nenhum, pois fazer as coisas para obter mérito tem um motivo impuro e só revelará o fruto mesquinho do renascimento”. O imperador expulsou Bodhidharma e só mais tarde veio a saber que era ele o portador do selo do coração de Buda. Arrependido quis convidá-lo de volta ao palácio mas em vão. Entretanto o mestre iria ganhar os seus próprios seguidores. Os mestres budistas rapidamente se aperceberam que os chineses tinham uma forma contemplativa própria, o Taoísmo, nos ensinamentos de Lao Tsu. As similaridades entre o Taoísmo, a sua maneira simples de viver a vida, com o Dhyana Budista, deram ao Ch’an, que começou com a chegada de Bodhidharma, as suas características distintas. A palavra Zen cimentou-se quando as escolas de Ch’an chegaram ao Japão e a palavra evoluiu nesse sentido, com duas escolas de ensinamentos Zen, a Soto e a Rinzai.

Concluindo, pode dizer-se que o Zen é um tipo de meditação contemplativa que visa levar àquele que o pratica uma experiência direta da realidade, e experienciar a paz, serenidade, alegria, sabedoria e liberdade. Por isso é que é importante para todos termos os nossos momentos Zen.